A Fidelidade das Escrituras e as Traduções:
É verdade que há várias versões das escrituras?

A Fidelidade das Escrituras e as Traduções:
Muitos perguntam: “Por que existem tantas versões das escrituras ?” (do livro chamado biblia Bíblia).
A resposta, na verdade, não está apenas nas editoras modernas, mas nas raízes antigas do texto sagrado, nos rolos preservados por nossos antepassados, guardiões da Torá e dos Profetas.
O Eterno — bendito seja o Seu Nome — confiou Sua Palavra a Israel (Romanos 3:2). Não a Roma, nem a Constantinopla, mas ao povo da aliança.
Por isso, quando falamos de versões da Escritura, precisamos olhar para o coração do texto: o Tanakh, escrito em hebraico e aramaico, preservado com zelo pelos soferim (escribas) e confirmado pelos achados de Qumran, descobertos entre 1947 e 1956 às margens do Mar Morto.
Os Manuscritos de Qumran e a Fidelidade do Texto
Os rolos encontrados em Qumran — especialmente o Grande Rolo de Isaías (1QIsaᵃ) — revelaram algo extraordinário: o texto hebraico utilizado mais de mil anos antes dos manuscritos massoréticos (que formam a base do Antigo Testamento atual) é praticamente idêntico ao que lemos hoje.
As diferenças são mínimas — variações ortográficas, pequenas trocas de letras, sem alteração de sentido teológico.
Isso confirma que o texto massorético, cuidadosamente preservado pelos massoretas entre os séculos VII e X d.C., reflete fielmente o que já era lido nos tempos do Segundo Templo, nos dias de Yeshua HaMashiach (Jesus, o Messias).
Portanto, quando falamos das versões da Bíblia, devemos reconhecer que as traduções mais próximas dos originais hebraicos e gregos são aquelas que seguem as seguintes fontes:
Texto Massorético (MT) para o Tanakh (Antigo Testamento);
Manuscritos do Mar Morto (Qumran) como confirmação textual e histórica;
Septuaginta (LXX) — a tradução grega antiga feita por judeus em Alexandria, útil para compreender como o texto era entendido no período helenístico;
Textus Receptus e os Manuscritos do Novo Testamento Grego (Nestle-Aland) para o Brit Hadashá (Novo Testamento).
O Cânon Hebraico e os Livros Deuterocanônicos
O cânon judaico, conforme preservado pela tradição rabínica, contém 24 livros (equivalentes aos 39 da contagem cristã). Estes foram reconhecidos como sagrados nos dias de Esdras e Neemias, e citados por Yeshua e Seus talmidim (discípulos).
Os livros adicionados mais tarde pela Igreja Católica — Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e 1–2 Macabeus — são valiosos registros históricos e éticos, mas nunca fizeram parte do cânon hebraico.
Nenhum mestre de Israel, nem o próprio Yeshua, jamais os citou como “Ketuvim HaKodesh” (Escritos Sagrados). Isso não os torna desprezíveis, mas os coloca em outra categoria: a de literatura judaica pós-bíblica, semelhante ao Talmud ou aos Midrashim — úteis, mas não inspirados da mesma forma.
O nosso Papel hoje e a Visão escrituristica e defender o testemunho de Mashiah os escritos Netzerin
Como estudante das escrituras , vejo que o estudo das traduções não é apenas uma questão técnica, mas espiritual.
A fidelidade à Palavra não está em quantas versões existem, mas em quanto o leitor busca com o poder do Ruach Hacodesh (Espírito do santo) para discernir a intenção divina nas palavras.
Mesmo assim como estudantes vemos interpolações e enxertos tanto de um lado como do outro ,ou seja no velho e novo como e conhecido.
As interpolações e enxertos nas Escrituras são fenômenos que nos ajudam a compreender como a Palavra de D’s foi preservada e transmitida ao longo do tempo. Embora existam variações textuais, esses ajustes não diminuem a integridade da mensagem divina, mas refletem a adaptação das escrituras aos diferentes contextos históricos e culturais. Ao entender essas mudanças, somos mais capazes de aprofundar nosso entendimento da verdadeira essência da Palavra e do Messias Yeshua.
Para uma compreensão mais profunda sobre como essas interpolações e enxertos afetam o texto bíblico e como eles se relacionam com a preservação da revelação divina, vamos escrever um artigo com esse assunto breve .
O Mashiach Yeshua mesmo afirmou:
“Nem um yod (י) ou um traço passará da Torá até que tudo se cumpra.”
(Mateus 5:18)
Essa declaração mostra o profundo respeito de Yeshua pelo texto hebraico. Ele ensinava a partir do Tanakh, o mesmo texto que encontramos confirmado em Qumran.
Portanto, a nossa responsabilidade como talmidim (discípulos) é voltar às raízes hebraicas, compreendendo o contexto, a língua e o poder da veracidade da Palavra.
O estudo das traduções é importante, mas o retorno à fonte original — lashon hakodesh (a língua sagrada) — é o caminho da restauração da fé autêntica.
Chegamos a conclusão
Existem muitas versões da Bíblia, mas a Verdade é una.
As traduções fiéis, baseadas no texto massorético e confirmadas pelos manuscritos de Qumran, preservam a pureza do que foi revelado a Israel.
E o Brit Hadashá, escrito em grego koiné, mas com alma hebraica, revela o cumprimento das promessas feitas ao povo da aliança.
Tenho ainda duvidas e acrescento mesmo com a minha visao acadêmica sendo contra, acredito que a brit Chadasha os escritos netzarin foi escrita em hebraico
Afirmo:
O mesmo D’s que confiou Sua Palavra a nossos pais preservou-a até hoje — para que, através do Messias Yeshua, todas as nações pudessem beber da mesma fonte de vida.
E isso causa ciúmes a Yehudah
Shaliach Chafets Chayim


